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Contextualização

As Práticas Educacionais Abertas têm origem no movimento dos Recursos Educacionais Abertos (REA), decorrendo de um processo natural de amadurecimento desse movimento. De forma sucinta, o termo REA surgiu no contexto do Forum on the Impact of Open Courseware for Higher Education in Developing Countries, desenvolvido em 2002 pela UNESCO. Neste contexto, foi proposta uma definição que realça o papel impulsionador da tecnologia, os objetivos não comerciais dos recursos e o principal interesse de utilização de REA enquanto auxílio no desenvolvimento de cursos, embora possam ser utilizados também pelos estudantes (UNESCO, 2002). Contudo, o conceito evoluiu e novas tentativas de definição foram propostas ( Organization for Economic Cooperation and Development, 2007; Atkins, Brown&Hammond, 2007; Downes, 2011), tendo como aspeto comum a referência a materiais, não apenas circunscritos ao processo de ensino e aprendizagem, mas também relativos à investigação, cuja utilização também não abrange apenas a perspetiva de educadores ou de quem planifica um curso, mas abarca agora a perspetiva dos estudantes, contemplando nomeadamente a sua utilidade em termos de aprendizagem autónoma, chamando a atenção para a existência de licenças abertas, para que os recursos cumpram os objetivos de reutilização e partilha.

No entanto, embora o movimento dos REA conte já com mais de uma década de existência, são vários os estudos e os autores (Conole, 2012; Wiley&Hilton, 2009; Yuan et al., 2013; Ehlers, 2011; Mulder, 2011) que confirmam que nem o tradicional modelo de negócio da educação superior, nem as abordagens nas práticas pedagógicas sofreram grandes alterações. Ehlers (2011) refere que, apesar da cada vez maior oferta de REA, suportada por um crescente número de iniciativas e projetos, a sua utilização não tem tido a mesma evolução. O autor admite que isto acontece porque ainda existe ênfase na expansão do acesso a conteúdos digitais, sem considerar se isso trará um apoio às práticas educacionais e a promoção da qualidade e inovação no ensino e aprendizagem. Assim, sugere que, para se proporcionarem oportunidades educativas a todos os cidadãos, se alargue o foco além do acesso, no sentido de incluir inovadoras práticas educacionais abertas. Esta representa uma fase que se carateriza pela combinação da utilização de recursos abertos com arquiteturas abertas de aprendizagem, com o objetivo de transformar a aprendizagem em ambientes do século XXI, em que as universidades, os aprendentes adultos e os cidadãos têm oportunidade de construir os seus percursos de aprendizagem ao longo da vida, de forma autónoma e autodirecionada.

Práticas educacionais abertas (pea)

Apesar de o conceito de Práticas Educacionais Abertas ser relativamente recente, existem algumas propostas de definição do mesmo.

OEP are defined as practices which support the (re)use and production of OER through institutional policies, promote innovative pedagogical models, and respect and empower learners as coproducers on their lifelong learning path. OEP address the whole OER governance community: policy makers, managers/ administrators of organisations, educational professionals and learners. (Ehlers, 2011:3)

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Source:  OpenStax, Dicionário enciclopédico de educação online. OpenStax CNX. Apr 16, 2014 Download for free at http://cnx.org/content/col11644/1.4
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